A Casa de Investimentos
Mensagem da CEO
Nos últimos três anos, demos as boas-vindas à CASA a mais de cinco mil novos Clientes. Muitos deles não nos conhecem pessoalmente. Por isso, decidimos escrever o Manual do Investidor com o objetivo de tornar claro, para todos os Clientes atuais e os que hão de vir, o conjunto de axiomas pelos quais nos regemos. Sabendo que para muitos pode ser repetitivo, preferimos ter alguns Clientes entediados do que meia dúzia com ideias erradas sobre o que fazemos.
A ideia de construir a Casa de Investimentos surgiu da leitura de um livro que me foi oferecido em 2004 quando trabalhava em Londres. Buffettology, escrito por Mary Buffett e David Clark. Deste livro, inspirado em Warren Buffett, retiramos a filosofia de investimento, a convicção de que devíamos privilegiar as ações e a importância de o fazermos para o longo prazo.
Decidimos construir a CASA onde gostaríamos de ser Clientes. A vantagem de sermos os donos do negócio é termos a liberdade para “fazer a coisa certa”: investir o dinheiro dos nossos Clientes como gostávamos que investissem o nosso, se os lugares estivessem trocados. Para isso, teríamos de a construir com um modelo de negócio sem conflitos de interesse, que nos permitisse decidir sempre no melhor interesse dos Clientes. A prazo, este é também o nosso melhor interesse.
A Casa de Investimentos começou a operar a 15 de novembro de 2010. Nunca procurámos caminhos fáceis ou atalhos. Sabíamos que não seria fácil. A ideia quase generalizada de que investir em ações é um jogo de sorte ou azar ou uma atividade para especuladores, as experiências pessoais dos investidores portugueses nas últimas décadas e a crise de dívida soberana e falência de bancos portugueses assumiram-se como grandes desafios ao crescimento da CASA. Contudo, nunca nos desviaram do caminho. Ao contrário do que o Gato de Cheshire diz a Alice, “se não sabes para onde vais, qualquer caminho serve”, nós sabemos para onde vamos e o caminho que queremos seguir.
Ao longo destas três décadas a trabalhar em mercados financeiros, uma parte muito significativa do meu trabalho foi dar formação a executivos nas principais praças financeiras mundiais. Aliar o conhecimento à prática no investimento e transmiti-lo de forma simples, clara e intuitiva aos Clientes fez todo o sentido desde o primeiro dia. Divulgar conhecimento e potenciar a literacia financeira está intrínseco à nossa fundação e ao legado que queremos construir: estudar, investir e ensinar.
O nosso propósito de proteger e valorizar o património financeiro das famílias e fazê-lo com transparência e risco limitado é suportado em conhecimento e numa cultura de melhoria contínua em que os erros são assumidos e as lições são aprendidas. O conhecimento dá-nos capacidade para tomar decisões e a cultura dita cada ação que levamos a cabo no serviço que prestamos aos nossos Clientes.
“Queremos deixar claro que o nosso trabalho não é prever o que vai acontecer nos mercados financeiros ou às cotações de mercado das empresas em que investimos.”
Não podemos prometer uma rentabilidade fixa ou garantida. O que podemos prometer é o seguinte:
- As empresas em que investimos são escolhidas com base no valor que julgamos terem e não na sua popularidade,
- Tentaremos sempre que o risco de perda permanente de capital seja minimizado, pelo facto de investirmos em empresas de grande qualidade e de compramos com margem de segurança,
- Grande parte do património global da minha família está investido nas mesmas empresas em que todos os Clientes investem.
A Casa de Investimentos não é uma empresa financeira convencional, nem pretende sê-lo. Nós trabalhamos para que os nossos Clientes fiquem connosco décadas e que tragam para a CASA os seus filhos e netos.
Emília Vieira