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A política de taxas de juro praticamente nulas nos depósitos bancários acelerou uma corrida aos certificados de aforro. Com a subida das taxas Euribor a puxarem pelas remunerações destes produtos, as Famílias viram aqui uma alternativa à banca. Faz sentido emprestar dinheiro ao Estado? Qual é o risco?

Os certificados de aforro são títulos de dívida, emitidos pelo Estado. Ao contrário de outros instrumentos de dívida pública, como as Obrigações do Tesouro ou os Bilhetes do Tesouro, os certificados de aforro foram criados com o objetivo de captar a poupança das Famílias. O Risco é o Estado

Para muitas famílias, os produtos do Estado são associados a aplicações sem risco. Mas isso é uma falácia. NÃO HÁ INVESTIMENTOS SEM RISCO. E a dívida pública de Portugal continua a bater novos máximos absolutos: 279.297 milhões de euros.

E se as regras mudarem?

Apesar da remuneração bruta dos certificados (3,5%) não estar a acompanhar a taxa de inflação, que continua próxima de 6%, a corrida a estes produtos continua.

Só no primeiro trimestre do ano, entraram cerca de 9 mil milhões nos certificados. Para aproveitar esta corrida, o Governo já aumentou o limite de endividamento através dos Certificados de Aforro e do Tesouro para mais do dobro: de 7 para 16,5 mil milhões de euros. Para isso vai baixar o financiamento em Bilhetes do Tesouro e Obrigações do tesouro, que têm taxas mais elevadas.

Não está afastada, porém, a possibilidade de uma mudança nas regras dos certificados, como a suspensão da série atual e criação de uma nova série com outras condições. Isto não seria uma novidade. Já aconteceu várias vezes no passado.

O cálculo da taxa de juro e o valor do prémio associado aos certificados foram sendo alterados ao longo dos anos, através da criação de novas séries de certificados. Existem cinco séries (A a E) em circulação. A Série E é a que está disponível para novas subscrições.

O juro atual é calculado com base na média da Euribor a 3 meses, acrescida de 1%. A taxa nunca pode ser inferior a zero e tem um limite máximo de 3,5%, no qual negoceia atualmente. Mas nada garante que de hoje para amanhã seja revista.

Para quem procura alternativas para rentabilizar o seu dinheiro, os certificados não são a resposta. 

Existem outros ativos que oferecem maior potencial de valorização a longo prazo e menor risco.

Através do investimento numa carteira de ações de negócios excecionais, as Famílias podem rentabilizar melhor o seu património que pode estar investido a 5 ou mais anos. Para quem investe a longo prazo, o valor do investimento oscilará com as cotações das empresas. No entanto, ao longo do tempo as ações tendem a refletir os lucros que estas empresas ganham para os seus acionistas.

É preciso reforçar o nível de literacia financeira das Famílias, para que possam tomar decisões informadas e protegerem o seu património.


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